Agente penitenciária do RN critica omissão do Estado após ter carro alvejado

"Na hora de uma situação dessa, ninguém, ninguém toma uma providência. Ninguém se junta comigo ou faz alguma coisa. Eu fico muito triste. Eu tô desabafando com vocês. Saí muito assustada de onde eu vim agora. Acabei de chegar em casa. Eu tava na delegacia. E o que eles me falaram como experiência deles não gostei. Não foi bom pra mim. Não está sendo bom pra mim. Entenderam? Mas, é isso aí. É o sistema, galera. É o sistema".

O desabafo foi feito por uma mulher que há sete anos é agente penitenciária no Rio Grande do Norte. Na manhã do sábado (16), a caminho do presídio onde trabalha, algo atingiu uma das janelas do carro dela. Para muitos, foi apenas uma pedra. Porém, para policiais civis que viram o estrago, o carro foi alvo de um tiro de espingarda. O boletim de ocorrência, segundo a agente, será registrado ainda nesta segunda-feira (19).

Com o impacto, um buraco foi aberto entre as janelas laterais do veículo, coisa de um palmo apenas da direção da cabeça da motorista. “Quase fui morta. E isso só o sistema não quer ver”, disse a agente ao G1.

O sistema a que a agente se refere é o sistema prisional potiguar. Atualmente, o Rio Grande do Norte possui 864 agentes penitenciários. Outros 571 devem ser convocados até o final do ano como forma de diminuir o deficit na área, que é de aproximadamente 1.000 profissionais. Contudo, segundo o sindicato da categoria, o Estado precisa se preparar não apenas para dar assistência aos que estão para ser incorporados, mas principalmente aos que já estão em atividade.

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