Banhistas reclamam da invasão de ratos na orla de Ponta Negra

Quem passa pela orla da praia de Ponta Negra, cartão postal da capital potiguar, dificilmente vai ver o acúmulo de lixo e sujeira que já se viu em épocas anteriores, resultado da ação diária de cerca de 10 garis, que fazem a limpeza da praia de manhã e a noite. Um novo problema, no entanto, passa a existir e ameaçar a higiene de banhistas e trabalhadores na praia, em especial após o por do sol: os ratos.

“Difícil é encontrar quem não tenha visto ratos por aqui”, contou o comerciante André Henrique, de 42 anos, proprietário de um quiosque na praia de Ponta Negra. A infestação de ratos está diretamente ligada ao enrocamento, as pedras colocadas para proteger o calçadão do avanço do mar. As pedras acabam formando um nicho perfeito para a criação de ratos, que se escondem durante a maior parte do dia e saem a noite para buscar alimentos.

Durante o dia, muitos banhistas sentam nas pedras do enrocamento, local pode onde os ratos transitam durante a noite. A equipe de reportagem da Tribuna do Norte chegou a ver um dos ratos subindo para tentar pegar um coco, que estava jogado nas pedras, na altura do Quiosque 5, na praia. Para comerciantes como André Henrique, a situação é prejudicial. Ele relata que a comunidade tem procurado alternativas para contornar o problema.
A nossa associação dos quiosques fez um programa de desratização, junto com a comunidade. Pegamos aqueles raticidas que a Prefeitura distribui e alguns colocaram em seus estabelecimentos. Mesmo assim é só um paliativo, não é certeza de erradicar o problema”, relatou André. O próprio enrocamento foi uma solução provisória encontrada pela Prefeitura Em novembro de 2015, teve início um estudo para observar a dinâmica da maré na praia e, a partir disso, poder dar uma solução definitiva.

A infestação de ratos que acompanhou a instalação das pedras em 2014 já era esperada pelos comerciantes do local, como relatou Rivaldo Alves, que é garçom em uma das barracas da praia “Desde que botaram essas pedras a gente sabia que ia dar rato, e a gente não pode botar veneno, não pode botar nada nelas, porque é contra a lei, se não os ratos morrem aí dentro, apodrecem e poluem o mar. É uma questão bem complicada, o órgão público tem que fazer alguma coisa”, conta. 

A solução se dará por um projeto de “engorda" da orla da praia, o aumento da faixa de areia com mais areia, e sua execução está prevista apenas para 2018, e poderá durar até 8 meses, e vai deixar interditados alguns metros da faixa de areia da praia enquanto é realizado. O engordamento vai custar R$ 56 milhões aos cofres públicos, e deverá deixar a faixa de areia da praia com 30 metros. Até lá, não há perspectiva de solução para a infestação de ratos na praia.

Tribuna do Norte

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